9.12.09

Uma Rua com Múltiplas Faces

A Augusta vem passando por um processo de renovação urbana. A facilidade de acesso ao ônibus e ao metrô, além de bares, restaurantes e pontos de balada que ali se localizam, começou a atrair jovens de diferentes grupos urbanos - como vegans, emos, a moçada do universo da moda e das artes, roqueiros, GLS, dentre outras turmas, compondo esta cena noturna, cujos personagens convivem no mesmo espaço com mulheres da noite, dançarinas de strip-tease e vendedores ambulantes. Neste sentido a Baixa Augusta - quadrilátero formado pela Avenida Paulista, Rua Augusta, Praça Roosevelt e Rua da Consolação - mostra-se como um ponto de encontro democrático, por atrair jovens de diferentes estratos sociais da metrópole, ainda mais por estar próximo ao Centro. Neste pedaço da rua os jovens sentem liberdade, sabendo que irão encontrar os seus pares e dirigindo-se até lá para circular, conhecer pessoas, namorar, badalar - enfim vivenciar uma experiência de encontro e de sociabilidade nesta rua democrática, que está sendo reapropriada e ressignificada pela diversidade de usuários no cenário noturno, mas também diurno, que por ali circulam, moram ou trabalham. É nesta paisagem urbana, com tal multiplicidade de personagens, diferentes regras, formas de uso e apropriação que os alunos do segundo semestre, do Bacharelado em Fotografia do Centro Universitário Senac, tem desenvolvido um projeto de ensaio fotográfico, indo a campo para registrar aspectos desta dinâmica urbana vinculada aos modos de lazer e de sociabilidade na metrópole, no intuito de fazer um registro documental deste processo de inovação urbana e cultural por meio de um blog, apresentando as diversas faces que esta rua vêm exibindo democraticamente.

8.12.09

"Escuta Augusta" - Ariane Silva

"Vagueio na noite...
À procura de sons...
Que mesmo em silêncio
Desejaria ouvir tu te manifestares..."
Vania Staggemeier













Os passos da Augusta - Thais Alves

Em meio a tanto vai-e-vem na correria da cidade, pessoas passam e deixam seus passos. Marcas imaginárias de seres e criaturas, conhecidas ou não, à procura de diversão, prazer, entre tantas outras coisas. Nessa grande bagunça organizada que é a Rua Augusta.










Esquecendo a cor do tempo - Candice Japiassu

"
(...) Aproximar-me dele e segui-lo de perto, embora com cautela, de modo a não lhe atrair a atenção


(...) Decidi-me a acompanhar o estranho até onde quer que ele fosse..

Vagueando sem motivo aparente



Não se deu conta da minha perseguição



Limitava-se caminhar de cá para lá (…)



Enquanto caminhava, o número de trausentes ia rareando, e sua antiga inquietude e vacilação voltaram a aparecer

Eu, desisitindo da perseguição, fiquei absorvido vendo-o afastar-se. "


O homem na multidão - Edgard Allan Poe










7.12.09

Rastros - Victor de Almeida Santos

Nossos olhos estão acostumados com a enorme presença de símbolos espalhados pela cidade e na Rua Augusta estes símbolos estão presentes em todo o lugar. Qualquer espaço vago é preenchido por algum tipo de marca, identidade.









Sagrados e Profanos – Edson Eduardo

Nas duas extremidades da rua Augusta temos contato com ritos sagrados. Do lado central, cultua-se os antepassados africanos, do lado do jardins temos a presença protestante. Segundo Eliade (1992), "o sagrado manifesta-se sempre como uma realidade inteiramente diferente das realidades ‘naturais’”.
O profano (do latim Profanus. Pro - diante de, fora. Fanum - templo, igreja, lugar sagrado) identifica-se com o mundo em que vivemos, sendo apontado como banal e visto como inferior em relação ao sagrado.

(Eliade, Mircea. O Sagrado e o Profano.[tradução: Rogério Fernandes]São Paulo:Martins Fontes, 1992).









Déjà Vu - Tiago Baccarin

Foi numa Augusta que, no acabar do dia, num sistema cíclico de baladas e boêmia as percepções se alteraram tornando-se uma mescla de caos, sonho, desordem, alucinação e realidade... quando tudo não passará de Déjà Vu.














 
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